A cidade somos nós [ensaio 2]
- Urbanismo
- 1 de dez. de 2019
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A CIDADE SOU EU

A cidade é um espaço temporal e atemporal onde as minhas relações como cidadão se constituem dentro de um espaço chamado ‘coexistência comigo mesmo’, com o Outro e com os Outros.
Esta constituição é marca pelo conflito, a contradição, a diferença e a diversidade frente a este(s) outro(s). De maneira indissociável, está relacionada ao espaço físico definido como espaço urbano, divido entre aquilo que é público e privado. Ou, este é o espaço entre outros espaços, onde as duas divisões políticas da vida se misturam.
É assim que uma praça é projetada: por um processo criativo chamado concepção urbana e depois de concepção paisagística para permitir e reforçar o "EU CIDADE" temporal e atemporal. Uma vez construída, ela se torna apenas um objeto físico, e sua concepção só passa a existir imaterialmente quando as pessoas coexistem, usando a praça numa dimensão pública da vida. Ou seja, quando eu se torna CIDADE.
Os modos de vida que acontecem conforme pensado no ato de projetar confere esta indissociabilidade, pois o usuário da praça ou morador do entorno imediato constroem relações de vínculo com a paisagem, pelos constructos que fomentam o uso da praça, pelas atividades públicas que levam pessoas a estarem na praça.
Assim, poderíamos pensar inúmeras possibilidades. A questão é que a cidade vai sendo para meu consciente, subconsciente e inconsciente uma memória, um símbolo e uma coisa que nunca saberei explicar com exatidão. Portanto, remeterei a ela em termos de qualidade de vida, pois não consigo expressar de outra forma como meu corpo se sente bem entre o mundo privado da minha casa com a rua, entre a calçada e a praça. Ou seja, aqui temos a cidade se formulando em minha imaginação em termos de ser, existir e coexistir. É minha consciência formulando entendimentos da vida pública, privada, política e ética.
MEDEIROS, Wesley. [Série I] A cidade somos nós. Urbanismo.blog, [S. l.], 1 dez. 2019. Disponível em: https://urbanismopur.wixsite.com/meusite/blog. Acesso em: 1 dez. 2019.
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